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MENSAGENS FINAIS |
Você Pode Crer na Trindade, Mas Terá que Rasgar a Bíblia!
Elpídio da Cruz Silva
Entenda como a Doutrina da Trindade nega a soberania do Deus único e verdadeiro. A ausência de hierarquia na Doutrina da Trindade é uma forma de auto-harmonização, que visa a lhe dar coerência interna. Se Deus é um só, mas formado por três pessoas iguais em natureza, essas pessoas por uma razão lógica devem ocupar idêntico nível hierárquico. Caso contrário, a doutrina desmorona. É por isso que, na crença trinitariana, ao ensinar-se que o Pai e o Filho são coeternos e possuidores de todos os atributos da divindade, não cabe entre eles nenhum indício de hierarquia ou subordinação, como vemos nesta citação de um livro que detalha oficialmente a doutrina adventista:
A eliminação da hierarquia divina é,portanto, um dos pilares da Doutrina da Trindade. Mas, ao negar que existe hierarquia entre o Pai e Seu Filho Jesus, a Doutrina da Trindade coloca as duas pessoas divinas no mesmo nível de status perante o universo e, automaticamente, elimina a soberania do Pai. Assim, o que a Bíblia afirma, a Doutrina da Trindade nega e aquilo que a Doutrina da Trindade afirma, a Bíblia nega. Todas as vezes que a Bíblia afirma uma hierarquia entre o Pai e o Filho, os trinitarianos se utilizam de um argumento fraco e inconsistente para não aceitar a clara e precisa verdade bíblica. A Bíblia, numa fala do próprio Jesus, afirma que o Pai é maior do que o Filho: "O Pai é maior do que eu." João 14:28. Desse modo, a Bíblia apresenta com clareza irrefutável que Cristo está hierarquicamente sujeito ao Pai. Os trinitaristas, não podendo anular o claro texto bíblico que faz essa afirmação, dão então uma interpretação ao texto que beira a irracionalidade e até a negação pura e simples da intenção do autor bíblico.
Essa afirmação oficial da IASD demonstra sua própria falta de compreensão da Doutrina da Trindade. Mais que isso, a afirmação acima fere um dos pilares da própria doutrina trinitária. Afinal, a doutrina das duas naturezas de Cristo anda de mãos dadas com o trinitarianismo e para as duas serem verdade, não pode existir contradição entre uma e a outra. Porém, contradição é o que mais se percebe entre ambas. Só para relembrar, segundo os trinitarianos, Jesus era uma pessoa com duas naturezas, a divina e a humana. Uma pessoa e duas naturezas. E os trinitaristas concluem então, que, quando a Bíblia fala de hierarquia entre o Pai e o Filho, ela esteja falando dentro da condição humana de Cristo. Os trinitarianos não percebem ou não querem perceber que, a vontade e o exercício da vontade pertencem não à natureza e, sim, à pessoa. Quando Cristo afirma que o Pai é maior do que ele, quem afirma é a pessoa de Cristo e não sua natureza humana. Neste caso, os trinitarianos adventistas, mergulham de corpo e alma na doutrina da imortalidade da alma. Eles dividem a pessoa de Cristo da mesma forma como fazem os católicos, em corpo e alma. A natureza humana de Cristo, ou Cristo em sua natureza humana era submisso ao Pai e conhecia menos que o Pai. Cristo em sua natureza divina, ou a natureza divina de Cristo, não era submisso ou subordinado ao Pai e sabia tanto quanto o Pai. A declaração feita pela Associação Geral afirma implicitamente que existiram dois Cristos, um humano que foi submisso ao Pai e um divino, que não era submisso. Assim, cria a possibilidade de dois Cristos, quando separa a pessoa da natureza humana, indo frontalmente contra o ensino bíblico de que o homem é carne e mortal. O homem como pessoa é indivísivel. Deus criou a pessoa humana como um ser indivísivel. Ele, a pessoa humana é a união do barro e com fôlego da vida. A união destes dois elementos é que forma o homem. A natureza humana é o barro que ganhou vida com o sopro de Deus. O homem, a pessoa humana, foi feito alma vivente quando houve o encontro do barro com o fôlego da vida. Cristo, portanto, não pode ser dividido. Ele era humano como qualquer outro ser humano, mesmo tendo sido Ele Deus feito homem. A vontade pertence à pessoa, a vontade é exercida pela pessoa, o conhecimento também pertence à pessoa e a pessoa é o resultado da união da natureza humana (barro) com o sopro da vida. Portanto, é loucura querer separar a pessoa de sua natureza. A natureza sozinha é barro e o fôlego sozinho é apenas um manifestação impessoal do poder de Deus.
Natureza e hierarquia Existe, sim, um claro relacionamento hierárquico entre o Pai e o Filho. E não é o fraco e inconsistente argumento dos trinitarianistas que vai impedir que os amantes da Verdade o enxerguem. A hierarquia não diminui em nada a pessoa de Cristo. Não torna o Único Filho de Deus menor do que Deus em substância, essência e natureza. A hierarquia possui o caráter de ordenamento, de propor ordem, de estabelecer status entre pessoas iguais. Ela existe entre os anjos, entre os homens e entre todas as criaturas de Deus. Negar a existência de hierarquia é negar a soberania do Pai e ter que admitir a presença de um deus impessoal e sem rosto, ou admitir o politeísmo. A hierarquia torna possível a crença em um único Deus pessoal e a presença de Jesus Cristo como único Filho de Deus e, portanto, da mesma natureza, essência e substância que o Pai. Jesus Cristo por ser Filho de Deus é Deus tanto quanto o Pai. A palavra ou Designação Deus é um termo que costuma ser aplicado dentro de duas concepções bem distintas. Ou seja, a expressão Deus pode ser aplicada tanto para designar pessoas da mesma espécie, pessoas divinas, quanto para estabelecer status e posição entre o Pai e o Filho. Quando a palavra Deus é aplicada à pessoa do Pai e à pessoa do Filho, ela diz que existem apenas duas pessoas desta espécie, seres que possuem exclusivamente os atributos da imortalidade, onipotência, onipresença e onisciência. Neste caso, quando a palavra Deus é aplicada também a Jesus Cristo, ela quer dizer que Ele é da mesma natureza, da mesma substância, da mesma essência que o Pai. Quer dizer que Ele é Deus em razão de ser Filho de Deus. Como dizem os homens, filho de peixe é peixe, Filho de Deus só pode ser Deus também. Quando, porém, a designação Deus é aplicada isoladamente à pessoa do Pai, ela quer dizer que o Pai, é a Origem sem origem, o Princípio sem princípio, o Começo sem começo, o Todo-Poderoso soberano do universo, o Único Deus. Neste uso hierárquico da expressão Deus, Jesus Cristo permanece em Sua posição de Filho de Deus e, por ser Filho, submete-Se ao Pai como Seu próprio Deus, sem pretender igualar-se a Ele em autoridade e poder. É essa hierarquia que elimina o politeísmo e desfaz a ilusão de um deus abstrato e impessoal.
Comprovação inspirada Para que não restem dúvidas, confirmaremos agora, através de alguns exemplos, a existência dessa hierarquia dentro da própria Bíblia e também nos escritos inspirados pelo Espírito de Profecia. 1. A Bíblia apresenta o Pai como o autor intelectual da criação e o Filho, como executor da criação.
Apesar de ser igual ao Pai em natureza, essência e substância, Cristo é herdeiro de tudo, porque para isso Ele foi constituído por Deus. A relação hierárquica entre o Pai e o Filho é anterior a encarnação e será presente por toda a eternidade, como demonstraremos abaixo. 2. O Espírito de Profecia nos coloca diante dos acontecimentos que ocorreram no Céu antes inclusive da criação do homem, e, no ambiente celestial, é clara a existência de hierarquia. Desse modo, joga por terra a tese de que hierarquia e subordinação dizem respeito à condição humana de Jesus Cristo. Antes da encarnação não havia humanidade em Jesus, e, por isso, segundo a tese trinitariana, não poderia haver hierarquia ou subordinação.
O direito à condução dos exércitos celestiais, Cristo recebeu do Pai. Somente alguém numa condição hierárquica superior pode outorgar a outro um direito que por natureza pertence ao superior. 3. Este outro texto nos revela coisas extraordinárias:
O Pai é a origem do mundo e dos homens. A nossa origem está na vontade do Pai. O Pai se constitui como o autor intelectual da criação e Cristo, como executor da vontade do Pai. É pela vontade do Pai que o mundo é criado e não pela vontade de um deus triúno, de uma trindade. 4. Apenas o fato de ser Filho de Deus e por conseqüência igual a Deus em natureza, não constituiu motivo para Cristo ser considerado merecedor de honra, glória e louvor. Perante todo o universo, o Pai precisou deixar claro qual era o papel e lugar de Seu Filho Jesus Cristo.
Caso a Doutrina da Trindade fosse verdadeira, todo o livro História da Redenção teria que ser jogado no lixo, pois ele é tremendamente contrário ao que o trinitarismo ensina. Por outro lado, se o livro História da Redenção é a expressão da verdade, então toda a Doutrina da Trindade precisa ser jogada no lixo. Os dois são inconciliáveis. 5. O Dom Profético é claro, preciso e absoluto ao apresentar o Pai e o Filho em um relacionamento hierárquico antes da encarnação, após a encarnação e após a ressurreição. A idéia de hierarquia está presente em toda obra da Sra. White e essa idéia se harmoniza de forma perfeita com o texto bíblico.
Esse texto teria o poder de colocar um ponto final na discussão sobre a hierarquia entre as pessoas divinas, porém, a Bíblia não é mais aceita como verdade absoluta e isso infelizmente ocorre também com os adventistas trinitarianos. O texto é de clareza infinita. Cristo tem sob Seus pés tudo aquilo que o Pai colocou. Tudo, menos a pessoa do Pai. Porém, o próprio Cristo, juntamente com tudo aquilo que Ele tem sob seus pés, se sujeita ao Pai para que o Pai seja tudo em todos. 6. Negar a hierarquia entre o Pai e o Filho, é negar o próprio Filho. É querer ir para o Céu numa condição diferente daquela estipulada pelo próprio Deus. É querer colocar no coração de Cristo o mesmo sentimento que houve no coração de Lúcifer. Ele nunca poderia ser igual a Deus e, no entanto, desejou não só o lugar do Filho de Deus, mas o lugar do próprio Deus. Queria o fim da hierarquia no Céu! Cristo nunca teve e nunca vai ter o sentimento de Satanás. Cristo sendo em forma de Deus, se quisesse ser igual a Deus, não estaria desejando algo que não lhe fosse direito. No entanto, Ele abre mão desse direito e se submete ao Pai inteiramente. Colocar Cristo em igualdade hierárquica com o Pai é o mesmo que colocar no coração dele os sentimentos de Satanás. Satanás queria ser aquilo que não poderia ser. Cristo era aquilo que Satanás não podia ser. Satanás lutou para ser o que não era. Cristo abre mão daquilo que Satanás tanto almejava, simplesmente por amor a Deus e aos homens.
É por tudo isso que a Doutrina da Trindade é tão nefasta. Ela é a negação de Deus como pessoa e a negação de Cristo como Filho de Deus e, portanto, submisso a Deus. É também a negação do sacrifício expiatório de Cristo e a introdução no Santuário Celestial de um sacrifício expiatório defeituoso. Foi a submissão completa de Cristo em relação ao Pai que possibilitou a salvação do homem. Foi devido a essa completa submissão que o Pai o exaltou acima de todo o nome, e, mesmo exaltado acima de todo o nome, o maravilhoso Filho de Deus se submete novamente ao Pai, para que o Pai continue sendo tudo em todos como sempre Ele foi e sempre será. -- Elpídio da Cruz Silva, adventista há mais de 20 anos.
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