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 Pode a Mulher Ocupar Posição Administrativa na Igreja?

By josielteli@hotmail.com

 

“Pois onde se acham dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles”. – (Mat. 18:20).

 

A HIERARQUIA DE ADÃO EM RELAÇÃO A EVA, MAS SEM SUBMISSÃO, ANTES DO PECADO.

Quando YHWH e Seu Amado Filho criaram o ser humano: Adão – “macho e fêmea os criou” (Gên. 1:27) Antes da criação deles foi dito: “... domine ele sobre... ”. – (Gen 1:26 – AVR).

Pelo imperativo apresentado nesse verso, e o contexto, percebemos que o homem não iria dominar sobre outro homem nem mesmo sobre a sua adjutora. É neste sentido que devemos entender a relação de Adão e Eva.

Aqui (Gên. 1:27), encontramos o primeiro casal de seres humanos. Macho e Fêmea ou homem e mulher. Contudo, o detalhe mais importante, no que diz respeito à vida íntima e social desse casal, encontra-se no verso que segue:

Então Deus os abençoou e lhes disse: Frutificai e multiplicai-vos; enchei a terra e sujeitai-a; dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu e sobre todos os animais que se arrastam sobre a terra”. – (Gen. 1:28 – AVR).

Comentando o relacionamento social e espiritual de Adão e Eva, Ellen G. White escreveu:

Enquanto permanecessem fiéis a Deus, Adão e sua companheira deveriam exercer governo sobre a Terra. Deu-se-lhes domínio ilimitado sobre toda a coisa vivente. ...”. – (Patriarcas e Profetas. 12ª ed. 1991. p. 34.)

Nesse verso e na citação apresentada, encontra-se a ordem explícita de Gen. 1:26. Contudo, ampliada. Pois, encontra-se nela uma fundamental inclusão. Diante disso, por meio do verso 28, Eva também tem direito legal de domínio sobre todas as coisas, exceto sobre o seu esposo Adão. Da mesma forma Adão não teria domínio sobre Eva. Ambos eram livres tanto para adorar aos seus Criadores – o Pai e o Filho, quanto para ter um relacionamento entre ambos e com os anjos que os visitavam.

Em outro lugar Ellen G. White escreveu:

“O próprio Deus deu a Adão uma companheira. Proveu-lhe uma ‘adjutora’ – ajudadora esta que lhe correspondesse – a qual estava em condições de ser sua companheira, e que poderia ser um com ele, em amor e simpatia. Eva foi criada de uma costela tirada do lado de Adão, significando que não o deveria dominar, como a cabeça, nem ser pisada sob os pés como se fosse inferior, mas estar a seu lado como sua igual, e ser amada e protegida por ele. ...”. – (Patriarcas e Profetas. 12ª ed. 1991. p. 29.)

Não tem como negar a posição hierárquica (primazia) do homem em relação à mulher no contexto da criação. Por isso, o aposto Paulo tratou dessa primazia de Adão em relação à Eva, ao declarar: “Porque primeiro foi formado Adão, depois Eva”. – (1Tim. 2:13 - AVR).

Em outro lugar ele escreveu: “Porque o homem não proveio da mulher, mas a mulher do homem; nem foi o homem criado por causa da mulher, mas sim, a mulher por causa do homem”. - (1Cor. 11:8-9 – AVR).

Portanto, em função disso, entende-se, por meio da criação (em relação à mulher), que o homem tem direito natural à liderança.

 

A HIERARQUIA DE ADÃO EM RELAÇÃO A EVA, MAS COM SUBMISSÃO, APÓS O PECADO.

Depois do trágico acontecimento, que envolveu Eva e a Serpente e o fruto da árvore da ciência do bem e do mal, houve uma mudança significativa no que diz respeito ao relacionamento de Adão e Eva; bem como na posição de “igualdade” (hierarquicamente Adão era o rei/príncipe o governante do nosso Planeta) existente entre eles.

O apóstolo Paulo declarou: “E Adão não foi enganado, mas a mulher, sendo enganada, caiu em transgressão”. – (1Tim. 2:14 – AVR). Em outro lugar ele também faz referência à queda de Eva.(2Cor. 11:3).

O apóstolo apresentou a hierarquia do pecado, no que diz respeito a Adão e Eva. E diz porque Eva caiu. “A mulher, sendo enganada, caiu em transgressão”. Ele não quis dizer que uma mulher não pode ser líder porque semelhante à Eva, ela poderá ser enganada. Nem tão pouco disse que apenas a mulher pode ser enganada.

Caso fôssemos julgar o pecado de Adão e o pecado de Eva. Com certeza com base na Escritura Sagrada (Rom. 6:23), daríamos a mesma condenação a ambos. No entanto, analisando o pecado como: “doloso” ou “culposo”, diríamos que o ato de Adão comer da “árvore da ciência do bem e do mal” foi mais grave que o ato de Eva. Porque o pecado de Adão foi consciente e o de Eva não foi consciente.

Ellen G. White relatou que Adão e Eva foram advertidos, para não se afastarem um do outro e que junto a Adão ela estaria em menor perigo (Patriarcas e Profetas. 12ª ed. 1991. p. 46.). Ela também escreveu que Adão havia percebido que sua companheira havia transgredido a ordem de YHWH (Patriarcas e Profetas. 12ª ed. 1991. pp. 48-49.).

No que diz respeito a pecado involuntário e/ou inconsciente, a Escritura Sagrada nos apresenta as interseções do Sumo Sacerdote, por causa deles. Isso não quer dizer que ele não intercedesse pelos pecados voluntários, com ou sem arrependimento. Sem arrependimento para que o transgressor continuasse a ter uma oportunidade e pudesse quem sabe vir a arrepender-se. É em função disso que devemos analisar a gravidade do pecado de Adão e do pecado de Eva. Falo dos atos e não das conseqüências, pois ambos tem o mesmo fim (Rom. 6:23).

No que diz respeito ao que foi escrito em Atos 17:30 e Heb. 9:7 (Lev. 4), nem Adão nem Eva eram ignorantes quanto a não comerem da “árvore da ciência do bem e do mal”.

Portanto, o pecado de cumplicidade, de Adão e Eva, foi e está sendo uma tragédia na história da humanidade, e as suas conseqüências foram e estão sendo marcantes. No entanto, aqui destacaremos as conseqüências dele na vida do casal fora do Éden.

E à mulher disse: Multiplicarei sobremodo os sofrimentos da tua gravidez; em meio de dores darás à luz filhos; o teu desejo será para o teu marido, e ele te governará”. – (Gen. 3:16 – ARA).

Deste verso destacaremos apenas este trecho: “o teu desejo será para o teu marido, e ele te governará”. Eis, portanto, o contexto e, conseqüentemente, um das conseqüências do pecado que o ser humano passou a conviver após a queda de Adão e Eva.

Por que é que o desejo da mulher deverá ser para o seu marido? Sem dúvida alguma, o desejo está relacionado com as emoções, com os impulsos, com os sentimentos e com o coração.

Além do mais, não podemos esquecer um detalhe fundamental no que diz respeito ao desejo da mulher. Eva havia canalizado o seu desejo para algo que era proibido (Gen 3:6).

Por que será que o marido deverá governar a sua mulher? Sabemos que o governo está relacionado com a administração, com as decisões, com a mente e com a razão e com a vontade. Não que a mulher também não possua estas qualidades ou atributos; mas eles se destacam mais nos homens. No entanto, a vontade é que deve governar a razão.

 

NOTA: Um irmão do Ministério Leigo do Gama –DF, que estava assistindo a este estudo, fez o seguinte comentário sobre Gen 3:16:

“Ante os acontecimentos Deus proferiu uma ordem à mulher, para que esta percebesse a que ponto chegou o amor do seu marido por ela; a ponto de fazer-se transgressor para não perdê-la. Pensava Adão. Pois, ele não conhecia o Plano da Salvação”.

“Agora em reconhecimento a tamanho amor que ele demonstrou, a mulher deveria sujeitar-se ao marido; semelhante ao escravo que após ser liberto por seu amo decide servi-lo em reconhecimento ao seu amor”. – (Irmão: Ricardo).

 

COMENTÁRIOS  IMPORTANTES, RETIRADOS DE UM DICIONÁRIO:

“(Teshûqâ) desejo, anseio”.

“Esse substantivo aparece apenas três vezes no AT, uma deles em Cantares 7.10[11]: ‘Eu sou do meu amado, e é por mim o desejo dele’. As duas referências restantes são Gênesis 3.16 e 4.7. Nesta última passagem, Deus está falando com Caim e diz a ele que o pecado é como um animal agachado, ansiando apoderar-se de Caim. Na passagem anterior Deus diz: ‘o teu ‘desejo’ será para o teu marido, e ele te governará’. Obviamente isso não é o fortalecimento nem a deformação de uma hierarquia preexistente entre os sexos, pois não há menção de nenhuma hierarquia”.

“Existem duas diferenças entre a passagem de Gênesis 3.16 e a de Cantares de Salomão. Na primeira, a referência é ao desejo da esposa pelo marido. Na última, é ao desejo do noivo pela noiva. Segundo, na passagem de Gênesis a referência a ‘desejo’ ocorre num contexto de pecado e juízo. Na de Cantares, num contexto de alegria e amor”. – (HARRIS R. Laird, ARCHER, Gleason L, Jr. e WALTKE, Bruce K. Dicionário Internacional de Teologia do Antigo Testamento. São Paulo – SP, Sociedade Religiosa Edições Vida Nova, 1998. pp. 1539-1540.).

No entanto, não podemos limitar o “desejo” de Eva, ser para o seu marido, apenas no sentido sexual. Ele é muito mais abrangente, ele envolve os sentimentos e emoções. Além do mais, é sabido que as mulheres são mais emotivas (cheias de desejos) que os homens. Portanto, ela deveria canalizar este ou estes desejos para o seu marido, para não vir a precipitar-se novamente ao tomar outras decisões.

“(Māshal) III, governar, dominar, reinar”.

“Māshal ocorre aproximadamente 80 vezes no qal e três vezes no hifil.

Em geral Māshal é traduzida por ‘governar’, mas a exata natureza dessa ação é tão variada quanto as situações reais em que ela ocorre. Parece que, em todos os idiomas e culturas, as palavras utilizadas para designar supervisão, governo, dominação, devem ser definidas em relação à situação onde tais atividades se dão.

Isso ficará claro com um exame seqüencial dos primeiros usos de Māshal na Bíblia. O sol e a lua foram criados para ‘governarem o dia e a noite’ (Gn 1.18). Eles são apenas os luminares mais de dia e de noite. A Eva, representando todas as esposas, foi dado entender que no lar o marido ‘te governará’ (Gn 3.16). Isso quer dizer que é próprio para o homem liderar a família – e o significado de tal liderança é bastante flexível. Deus disse a Caim que ele deveria controlar o pecado em sua vida: ‘a ti cumpre dominá-lo’ (Gn 4.7). ...”. – (Ibidem. pp. 890-891.)

“Sara, no seu íntimo” disse “consigo mesma: Depois de velha, e velho também o meu senhor, terei ainda prazer?” – (Gen 18:12 – ARA). E o apóstolo Pedro comentando este episódio diz: “...Sara, que obedeceu a Abraão, chamando-lhe senhor, da qual vós vos tornastes filhas, praticando o bem e não temendo perturbação alguma”. – (1Pedro 3:6 - ARA). Contudo, na hora de mandar Agar ir embora, com seu filho Ismael, a decisão foi de ambos.(Gên. 16).

Portanto, aqui também, percebe-se que o governar/dominar tem um sentido de controlar, proteger e supervisionar. Isso significa dar segurança e não usar a mulher como um objeto ou escrava (1Cor. 11:11-12 e Gal. 3:28). Quem duvidar deve ler com oração e jejum os versos escritos pelo apóstolo Paulo na Carta aos Éfesios 5:22-33.

 

QUAL O SIGNIFICADO BÍBLICO DA PALAVRA EKLESIA – IGREJA?

Em função de tudo que foi dito acima, vamos destacar aqui, alguns significados para palavra ekklesía. Em Atos 7:38 ela aparece como uma referência aos israelitas como uma “congregação”. A palavra grega traduzida por congregação é ekklesía. Portanto uma congregação também é uma ekklesía. E uma congregação é composta de: “dois ou três”, quando estão “reunidos em meu nome”, assim disse o Messias (Mat. 18:20).

E o Dicionário Grego define ekklesía assim: “Igreja, congregação; assembléia, reunião (de grupos religiosos, políticos, etc.)”. – ([The Greek New Testament. Fourth Revised Edition.ed. 1994.] - TAMEZ L. Esla; FOULKES, Irene W. de. Diccionario Conciso Griego-Español Del Nuevo Testamento. Printed in Germany by Bíblia-Druck, Stuttgart, Sociedades Biblicas Unidas. 1978. p. 55.).

O QUE SIGNIFICA A PALAVRA EKKLESÍA – IGREJA NAS CARTAS DO APÓSTOLO PAULO?

Algumas vezes o apóstolo Paulo fala de Ekklesía,, no singular para enfatizar a Igreja como um todo (1Cor. 12:28 e Efésios 5:23 e Col. 1:18). Contudo, às vezes ele também fala de ekklesía, tratando de uma igreja/comunidade de alguma cidade ou mesmo povoado e/ou lar (Rom. 16:5).

O QUE SIGNIFICA A PALAVRA EKLESIAS – IGREJAS NAS CARTAS DO APÓSTOLO PAULO?

Já a palavra ekklesías, no plural é utilizada para abordar um grupo de congregações/assembléias espalhadas em várias regiões do Império dominante na época.

QUAL O SIGNIFICADO MODERNO DA PALAVRA IGREJA?

Hoje, a palavra igreja está restrita não apenas a “quatro paredes”; mas, também a um ou mais documentos requisitados junto ao governo estadual e/ou federal, para que ela possa funcionar legalmente segundo as diversas Constituições dos diversos países.

Diante disso, podemos dizer que na Igreja de YHWH, durante todas as épocas existiram muitas lideranças, tanto masculinas quanto femininas. Aqui, em primeiro lugar, iremos destacar as principais lideranças femininas que o Texto Sagrado apresenta.

LIDERANÇA FEMININA ENDOSSADA POR YHWH, NOS DIAS DE MOISÉS

A primeira liderança feminina a ser destaca é Miriã, a profetisa, irmã de Moisés. O relato importante a ser destacado é o que se encontra em Êxodo 15:20-21. Então, percebemos por estes versos que Miriã não apenas tocou, dançou e cantou; mas, também “arrastou” após si, as outras mulheres que lhe seguiram o exemplo, louvando a YHWH.

Portanto, na ekklesía (congregação) no Deserto, as mulheres tinham participação ativa. Contudo, não esqueça - a mulher em destaque é uma profetisa. Perceba também, que os versos não dizem que os homens seguiram Miriã.

LIDERANÇA FEMININA ENDOSSADA POR YHWH, NOS DIAS DOS JUÍZES

De todas as mulheres que se destacaram como líder, dentre o povo de YHWH, a que mais se destaca sem dúvida é Débora (Leia o capítulo 4 de Juízes). No relato sobre esta profetisa, foi dito: que ela além de ser profetisa, também julgava a Israel. No entanto, um relato importante sobre a vida dela, é o que foi dito por Baraque: “... Se fores comigo, irei; porém, se não fores comigo, não irei. Ela respondeu: Certamente, irei contigo, porém não será tua a honra da investida que empreendestes; pois às mãos de uma mulher o SENHOR entregará a Sísera. ...”. – (Juízes 4:8-9 – ARA).

Dois detalhes são importantes que sejam destacados. Um passa quase imperceptível, no verso 4, é: “Débora, profetisa...”. Depois, no mesmo verso é dito que ela: “julgava a Israel naquele tempo”. Então, a função primeira de Débora era ser profetisa de YHWH. Ela não é chamada de juíza; apenas é dito que ela “julgava”, ocupando, portanto, a função de juiz. Porque os “setenta anciãos” (Êxodo 24:1 e 9; Num. 11:16, 24-25) designados por YHWH, para auxiliar a Moisés, agora não haviam sido substituídos; também não aparecem os juízes designados para cada cidade. Até poderia haver ainda os chefes de “mil”, de “cem”, de “cinqüenta” e de “dez”. (Êxodo 18:21); mas o julgamento era feito pela profetisa Débora. (Leia também: o capítulo 5, temos o cântico de Débora e Baraque).

O outro detalhe que não podemos esquecer, é que o Anjo de YHWH era o líder do povo de YHWH. Ele era o Rei Co-Regente. Nessa época os israelitas ainda não haviam rejeitado a YHWH e o Seu Ungido como Rei de Israel. Contudo, percebe-se uma participação ativa de uma mulher na liderança da comunidade de Israel.

LIDERANÇA FEMININA ENDOSSADA POR YHWH, NOS DIAS DO REI JOSIAS E DO PROFETA ISAÍAS

Nos dias do rei Josias, havia em Jerusalém uma profetisa conhecida pelo nome de Hulda, ela também teve um papel importante junto ao rei, influenciando-o (mesmo que indiretamente) a fazer uma reforma em Israel.

O rei Josias por meio de alguns enviados seu, foram à casa da profetisa consultá-la. Mesmo que a consulta tenha sido por meio de terceiros, ela deu conselhos ao rei de Israel (2Reis 22:11-20; 2Crôn. 34:19-28 e Isaías 8:1-3).

Nos dias do profeta Isaías também havia uma profetisa em Jerusalém (Isaías 8:1-3).

“Disse-me também o Senhor: Toma uma tábua grande e escreve nela em caracteres legíveis: Maer-Salal-Has-Baz; tomei pois, comigo fiéis testemunhas, a Urias sacerdote, e a Zacarias, filho de Jeberequias. E fui ter com a profetisa; e ela concebeu, e deu à luz um filho; e o Senhor me disse: Põe-lhe o nome de Maer-Salal-Has-Baz”. – (Isaías 8:1-3 – AVR).

LIDERANÇA FEMININA ENDOSSADA POR YHWH, NOS DIAS DO MESSIAS

Quando o Messias foi apresentado como um bebê, encontra-se presente no templo uma mulher – profetisa. Ela também era atuante na comunidade de Jerusalém e no Templo. “... Esta não deixava o templo, mas adorava noite e dia em jejuns e orações. E, chegando naquela hora, dava graças a Deus e falava a respeito do menino a todos os que esperavam a redenção de Jerusalém”. – (Luc. 2:37-38 [36] - ARA).

Em outra situação, um pouco diferente das demais, aparece a liderança de outra mulher, em face de uma situação um pouco familiar; mas singular. Maria da orientação a alguns homens (serventes) sobre o que deveriam fazer em relação às ordens do Messias. (João 2:1-5).

LIDERANÇA FEMININA ENDOSSADA POR YHWH, NOS DIAS DOS APÓSTOLOS

Uma última situação de liderança e/ou influência feminina aconteceu nos dias do apóstolo Paulo. É um fato isolado que diz respeito às quatro filhas de Filipe, o evangelista, que também profetizavam. O Texto não declara o que elas profetizaram; mas afirma que profetizavam. (Atos 21:914).

 

CONCLUSÃO

Depois da queda de Adão e Eva, e mesmo antes, percebemos que a Adão foi entregue o governo sobre todas as criaturas terrenas. Com a morte de Adão, outros líderes foram constituídos por YHWH, para orientar e conduzir o Seu povo na face da Terra. Após o dilúvio, YHWH concede dons aos homens e surgem novas formas de lideranças.

Os líderes, conhecidos como patriarcas são anteriores ao dilúvio. O profeta também é um líder que foi designado por YHWH, antes mesmo do dilúvio (Judas 14). Com o chamado de Abrão, começa a ser estabelecido e desenvolvido um embrião, para um novo tipo de liderança. Começam a surgir os príncipes e as Tribos (as comunidades) que iriam formar a nação de Israel.

Pelo que percebemos por meio dos escritos da Torah e de todos os profetas, jamais YHWH, entregou a liderança (governo) de Seu povo a uma mulher. Por quê? Porque toda e qualquer liderança que um dia foi estabelecida, antes do Messias, apontava para o Messias, o Cabeça da Igreja, o Rei-Sacerdote.

Segundo o Texto Sagrado, não coube a mulher, serva de YHWH, o papel de ser nem levita (no que diz respeito à função), nem sacerdotisa, nem líder militar, nem tão pouco rainha, para governar a nação de Israel. Encontramos sim, mulheres influenciando no lar, na comunidade e na nação de Israel, como profetisa; e no caso de Débora, também julgava a nação.

Durante o ministério do Messias, Ele também não escolheu mulheres para ser que fossem apóstolas. Depois do Pentecostes (Atos 6) os apóstolos sob a orientação Divina, também não escolheram mulheres, para que tivessem um papel de liderança na Igreja.

Contudo, em nenhum momento encontramos no Texto Sagrado uma Lei ou Mandamento (dada por YHWH – Um Assim diz YHWH) que ordenasse à mulher ficar calada, sem abrir a boca pra falar, orar ou cantar na congregação ou profetizar.

INTERPRETAÇÃO DOS TEXTOS BÍBLICOS

Aqui, nesta parte que estudaremos, serão analisados os versos do Texto Sagrado que dão a entender dois argumentos principais. Primeiro: a mulher pode e deve falar (pregar/ensinar) na igreja. Segundo: a mulher pode, mas não deve falar nem pregar/ensinar na igreja. Eles devem ser bem analisados em sentido literal e, não de maneira a espiritualizar o que foi dito pelo apóstolo.  No entanto, a literalidade tem um contexto que precisa ser analisado dentro dos escritos do apóstolo Paulo como um todo e não apenas em um único verso ou dois no máximo (Lembre-se! Ele é o único que dá a entender que a mulher deve ficar calada); isso é o que geralmente está sendo feito.

 

I CORÍNTIOS 11:5 e 13

Mas toda mulher que ora ou profetiza...”. “Julgai entre vós mesmos: é conveniente que uma mulher com a cabeça descoberta ore a Deus?”.

Não resta dúvida que a colocação desses versos, aponta para uma situação em que a mulher venha a apresentar-se publicamente em uma congregação e não em sua devoção particular (onde ela deve colocar ou mesmo tirar o véu). Por isso, no que diz respeito aos versos acima, não há o que explicar. Eles são explícitos. Sendo assim, a mulher não pode ser vista como uma estátua na igreja.  Para efeito de lembrança e que fique melhor para que se entenda, podemos dizer que uma pessoa ore (em língua ou não) sem pronunciar palavras – uma oração em espírito. No entanto, é impossível alguém profetizar sem que se expresse por palavras. O profeta (a profetisa) fala como enviado de YHWH. Não podemos esquecer que esses versos fazem parte do contexto do livro de 1Coríntios.

 

I CORÍNTIOS 14:26-39

Desses versos, destacaremos apenas os pontos principais. Começando por uma expressão do verso 34:

A primeira expressão a ser destacada é: “caladas nas igrejas”. Em função dos comentários que foram feitos sobre a palavra Ekklesía ou ekklesía; aqui, podemos entender perfeitamente que o apóstolo Paulo não está se referindo à Ekklesía – Igreja em seu sentido absoluto; mas as congregações fundadas por ele ou por outros apóstolos e evangelistas etc. No entanto, o que merece ser melhor entendido é a palavra: caladas. Este vocábulo na Língua Grega: σιγάτωσαν – de σιγάω – “Int. guardar silêncio, ficar calado; calar-se; deixar de falar. Trans. manter em secreto”.

“σιγή – silêncio”. - (Ibidem. p. 161.)

Será que o apóstolo realmente está dizendo que as mulheres não poderiam abrir a boca? Ou será que ele estava dizendo que elas deveriam ser reverentes na congregação? Claro que ele não está se contradizendo. Porque como vimos acima (1Cor. 11:5-6), ele disse que a mulher pode orar e profetizar, desde que com a cabeça coberta. (Sobre a cabeça coberta, não falaremos aqui). Logo, portanto, a o apóstolo não está dizendo que as mulheres deveriam “entrar mudas e saírem caladas” das igrejas.

A segunda expressão diz: “não é permitido falar”. Na Língua Grega a palavra traduzida por falar, é: “λαλειν” = “λαλέω”. “Falar, dizer; pregar, proclamar; poder falar, conversar com; dirigir-se a; prometer (ref. a Deus); etc.”. – (Ibidem. p. 105.).

Nessa parte do verso, o “não”, que foi utilizado, nega positivamente a possibilidade da mulher falar na congregação. Mas qual o tipo de falar a que o apóstolo está referindo-se? É não louvar a YHWH com a voz de alguma maneira? Ou não conversar com outra mulher? Ou ainda, não se dirigir a outro homem (que não seja o seu esposo)? Perceba que o verso não trata das filhas em relação aos irmãos e pais; somente em relação ao marido (verso 35), como veremos mais à frente.

Ainda no verso 34, temos: “mas estejam submissas como também ordena a lei”. Esta submissão que a Lei ordena, não é quanto ao ficar calada; mas sim quanto ao que foi ordenado no caso de Adão e Eva após a transgressão. Porque o vocábulo Lei é uma referência ao Pentateuco e neste caso, especificamente a Gên 3:16. E sobre ele, já comentamos no primeiro artigo.

Na quarta expressão sobre a mulher o apóstolo escreveu: “querem aprender alguma coisa”. Aqui nesta expressão positiva, entendemos que o foco central do assunto em questão não é o ensinar; mas o aprender. A palavra grega é: “μαθειν”. “Aprender, averiguar, descobrir; aprender por experiência; estudar em uma escola rabínica (Jn 7:15).”. – (Ibidem. p. 109.).

A palavra grega para querer é: “θέλουσιν”. “Desejar, querer, estar disposto (a), gostar; etc.”. – (Ibidem. p. 110.).

Então, percebe-se aqui (verso 35) que a mulher não poderia questionar para tirar dúvidas e aprender alguma coisa que viesse chamar a sua atenção. Porque não tem sentido uma mulher ir a sinagoga ou congregação para não aprender nada. E sabemos também que não era proibida a entrada de mulheres a sinagoga e muito menos nas igrejas.

A grande questão é: por que perguntar apenas aos maridos? Por que o apóstolo não citou os pais ou irmãos ou mesmo filhos? Será que Paulo não estava querendo evitar um mal maior? (Por exemplo: adultério). Referindo-se por isso, apenas as mulheres casadas. Sendo assim, quer dizer que as mulheres solteiras podem falar à vontade, e até pregar? E as que não tem marido não poderiam nem podem aprender?

A quinta expressão é: “porque é indecoroso para a mulher o falar na igreja”. Embora já tenha sido comentado acima sobre a mulher falar ou não na igreja; aqui, quero chamar atenção para o homem. Foi dito que: “é indecoroso para a mulher o falar na igreja”. Será que o apóstolo está dizendo que o homem pode falar, porque para ele não é indecoroso falar na igreja, seria isso? Claro que não! Aqui o assunto está mais voltado para ordem e reverência na congregação. E principalmente ao aspecto da submissão da mulher ao seu esposo (Gen. 3:16).

No verso 36, a sexta expressão é: “Porventura foi de vós que partiu a palavra de Deus? Ou veio ela somente para vós?”. Aqui o apóstolo Paulo está apresentado a primazia dos judeus, o direito que eles têm em questão de liturgia e ordens no que diz respeito aos oráculos de Deus e ao que a eles estão envolvidos. (Leia Rom. 9:1-5; 2:9-11).

Para entendermos os versos 37-38, do capítulo 14, precisamos retomar os versos 26 a 33.   O que o apóstolo quis dizer nestes versos? A quem ele realmente está se referindo? Às mulheres e as congregações em geral, ou apenas a uma ou duas classes específicas? Leia o que ele escreveu:

“Se alguém se considera profeta, ou espiritual, reconheça ser mandamento do Senhor o que vos escrevo. E, se alguém o ignorar, será ignorado”. – (1Cor. 14:37-38 – ARA).

Percebam, que estes versos (37-38) estão diretamente ligados em seu contexto, aos versos (26-33). Portanto, o apóstolo declara que o mandamento do Senhor estava diretamente voltado aos profetas e as pessoas espirituais - aos que estavam profetizando na igreja de Coríntios e aos que estavam falando língua. Porque o problema apresentado no capítulo catorze envolve diretamente estas duas classes. E nelas estavam as mulheres que oravam e profetizavam. E como foi visto, o apóstolo não proibiu as mulheres de orarem nem de profetizarem nas igrejas (1Cor. 11:5-6).

Diante disso, se estudarmos esses dois versos (37-38) dentro do contexto arbitrário ou unilateral, pra não dizer de um ponto de vista extremista, encontraremos sérios problemas quanto ao ministério de Ellen G. White como profetisa, conselheira e pregadora/oradora na IASD. Tentando amenizar a situação, algumas pessoas querem vincular o ministério profético dela a ajuda que teve do esposo; mas isso, não é de todo verdade dizer que ela só foi chamada para liderar o movimento adventista daquela época, como conselheira da igreja, somente porque tinha um esposo. Esquecem eles que ela foi chamada para o ministério profético quando ainda era solteira. Além do mais, a Escritura Sagrada cita a profetiza Ana (Luc. 2:36-38) que era viúva. Filipe "tinha quatro filhas donzelas que profetizavam" (Atos 21:9). E depois que Thiago White morreu, por que ela continuou o ministério profético?

Portanto, o ministério dela não estava agregado à pessoa do esposo. Contudo, sabemos que dois são mais fortes que um Quanto mais se forem três.? Refiro-me ao casal e com a bênção Divina (Eclesiastes 4:12).

Neste último período, percebemos claramente a conclusão do apóstolo ao assunto abordado. O destaque é conclusivo: “Portanto, irmãos, procurai com zelo o profetizar, e não proibais o falar em línguas”. – (1Cor. 14:39 – AVR).

 

I TIMÓTEO 2:1-15 A 3:1-13

Nestes últimos parágrafos, quando estudaremos o que o apóstolo escreveu a Timóteo, precisamos ter bastante atenção com a coerência do apóstolo a todos os seus escritos.

Nesse verso, o primeiro período que merece destaque é: “A mulher aprenda em silêncio com toda a submissão”.  Aqui apresentaremos apenas a palavra “silêncio”. Na Língua Grega é: “ήσυχία”. “Tranqüilidade; guardar silêncio”. – (Ibidem. p. 81.).

Uma outra expressão é: “Pois não permito que a mulher ensine”. Aqui nesta expressão temos duas palavras importantes: “permito” e “ensine”. A primeira, na Língua Grega (επιτρέπω) tem os seguintes significados: “Permitir; conceder, desejar”. A segunda (διδάσκειν) tem este significado: “Ensinar”. – (Ibidem. p. 45.).

Percebemos que estes versos estão de acordo com 1Cor. 14:34, quanto ao silêncio e a submissão; mas não está de acordo com 1Cor. 11:5-6, quanto a orar e profetizar. Porque quem ora não ora sempre em silêncio (1Cor. 14:13-17). Por outro lado, quando a mulher está profetizando, ela está: “edificando, exortando, e consolando”, “edificando a igreja”. (1Cor. 14:3-4).

Além do mais, em função desta palavra: “permito”, percebemos que era poderia ser muito bem um desejo do apóstolo e não uma ordem. “Não permito que a mulher ensine”. E para entendermos melhor o que ele estava querendo dizer, precisamos ligar os versos do capítulo 3 de Timóteo ao contexto do 2:11-15. Porque é no capítulo três que ele conclui o assunto de ensinar e/ou dirigir a igreja/congregação.

Por isso, de acordo com o apóstolo Paulo, as pessoas que deveriam realmente ensinar, no verdadeiro sentido da palavra (excetuando-se as mulheres profetisas) seriam os presbíteros com o auxílio dos diáconos (1Tim. 3:1-10). Depois ele escreveu: “Os anciãos” (Literalmente: pρεσβύτεροι “presbíteros”) “que governam bem sejam tidos por dignos de duplicada honra, especialmente os que labutam na pregação e no ensino”. – (1Tim. 5:17 – AVR).

 

Por último o destaque é: “nem tenha domínio sobre o homem”. A palavra grega traduzida por domínio é: “αυθεντειν”. “Autoridade, dominar, exercer autoridade de”. – (Ibidem. p. 28.).

Por isso, o apóstolo conclui a sua argumentação e exposição, sobre o que seria para ele “autoridade de homem”, citando os versos de 1Tim. 3:1-10. (leia também Tito 1:4-12).

Em resumo, entendemos que, no que diz respeito às Epístolas de 1Coríntios 11:5 e 13; e 14:26-39; e 1Timóteo 2:11 e 12, o problema não é o simples ensinar; mas a maneira e o local de se aprender.

Então, segundo o apóstolo Paulo, a “autoridade de homem” que ele não desejava que a mulher exercesse, como bem especificou nos Textos de 1Timóteo e de Tito, é o de pρεσβύτεροι “Presbíteros” ou seja, ter cargo de Anciã em uma igreja local/congregação.

Importante de se destacar é o fato ocorrido no primeiro Concílio (Atos 15:6-35) entre os apóstolos e os presbíteros, que compareceram a Jerusalém para resolver algumas questões que estavam preocupando a Igreja. Não foi mencionada nenhuma mulher como estando pelo menos presente na assembléia quando discutiam os assuntos apresentados.

 

CONCLUSÃO

De acordo com os Textos apresentados, fica patente aos nossos olhos que a mulher jamais foi proibida de falar à igreja; contudo, o falar (irreverente) não era e não é permitido nem às mulheres e muito menos aos homens. A mulher podia orar em voz alta, podia cantar e podia profetizar (1Cor. 11:5-6; 14:13-17 e 3-4).

A preocupação do apóstolo Paulo não era com a pregação da Palavra e sim com a função de autoridade que, possivelmente, alguma mulher ou algumas mulheres estivessem pleiteando na igreja de Corinto.

A posição de liderança, os cargos administrativos, nas igrejas judaicas e gregas e da Ásia Menor, eram ocupadas por homens. Pois este é o Texto bíblico: “Gên 3:16: O teu desejo será para o teu marido, e ele te governará”.

O apóstolo Paulo também escreveu: “Quero porém, que saibais que Cristo é a cabeça de todo homem, o homem a cabeça da mulher, e Deus a cabeça de Cristo”. – (1Cor. 11:3 – AVR).

No entanto, convém lembrar que estas afirmativas acima serão plenamente válidas somente quando ambos estão sujeitos ao Messias. Portanto, já entregaram a Ele os seus desejos e suas vontades.

Estes dois versos da AVR: “A mulher aprenda em silêncio com toda a submissão. Pois não permito que a mulher ensine, nem tenha domínio sobre o homem, mas que esteja em silêncio". (AVR). Deveriam ser traduzidos assim:

A mulher aprenda em silêncio com toda a submissão. Pois não desejo que a mulher ensine, nem tenha autoridade de homem, mas que esteja em silêncio”. – josielteli@hotmail.com

 

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